(Janeiro de 2010)
Escuto tua música enquanto penso em como tudo terminou de maneira tão estranha. É duro ter tempo pra reflexão. A ignorância me dói menos. Talvez tenha sido por isso que tenho me sentido um pouco desumana nos ultimos tempos, um pouco esvaziada das coisas que me importam.
Tive o melhor amigo de todos, e ao mesmo tempo não tive nada. Tive o melhor dos sonhos durante meses, e a cada manhã ele se despedaçava, me arrastando pra dentro de uma realidade que não me pertence. Encontrei o sublime, descobri o êxtase, a completude, a finalidade da vida. E admito: em momento algum deixei de reconhecer o valor dessas epifanias. Nunca deixei de me ver como a garota mais sortuda do mundo. Mas ninguém tem tanta sorte assim. E se tem, não a segura por muito tempo.
(...)
Passada a inevitável tempestade, reconheço a pequena chama de esperança que em mim foi implantada. Nós, humanos, nunca estaremos perdidos na escuridão enquanto existirem pessoas como você. Tão raros... Talvez por isso essa chama seja tão ínfima; é uma representação de sua raridade. Mas quem foi mesmo que disse: "As pequenas coisas fazem toda a diferença..."? Doesn't matter. It's completely true.
Sinto por ter precisado te levar ao fundo do poço para que você pudesse me ensinar que a fonte de bem-aventurança de um homem também sempre será a fonte de suas desventuras. Goethe não me ensinaria com tanta maestria. Werther não foi capaz.
I'm sorry. But still, i'm grateful to you like i've never been to anyone.
Thank you.
"I am a writer, writer of fictions. I am the heart that you call home. And I've written pages upon pages trying to rid you from my bones. My bones, my bones... I'm a moneylender, I have fortunes upon fortunes. Take my hand for tender. I am tortured, ever tortured...
And if you don't love me, let me go
And if you don't love me, let me go"
(Texto escrito para um amigo.
Uma pessoa muito importante na minha vida. E que me ensinou muito.)
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