É intermitente: deleite e queda. Sempre assim.
Por que não muda, por que não cessa? A imagem se transforma, mas os erros... estão ali, escondidos no canto da sala. Esperando o momento certo pra saltar em cima da mesa de centro e dançar em vitória, quebrando os vasos de flores e fazendo murchar minhas violetas. E enquanto troçam comigo, fico ali, a contemplar o ridículo com os olhos esbugalhados, sem entender de onde os desditosos vieram dessa vez.
Nunca estiveram indispostos a vir contemplar meus infortúnios e malogros. Aparecem, como inconvenientes que são, sem serem convidados e esperando uma harmoniosa recepção.
Eles... querem ficar. Pois bem! Não mais quebrarei as regras de hospitalidade. "Que façam a festa, regozijem-se e embriaguem-se como nunca! Aproximem-se, fiquem à vontade. Vamos conversar? De onde vens? O que querem? Não se acanhem... Aceitam um café?"
Conversamos então. Eu perguntava, eu respondia. E adquirindo o maior grau de auto-conhecimento que jamais fui capaz de alcançar, moldei-me à eles, sem fuga. Criei bolhas, depois feridas, depois calos. Compreendo-os agora, pois compreendo a mim mesma.
E não mais mandarei embora aquilo que a mim pertence.
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